Nos dias 11 e 15 de novembro, as seleções do Peru e da Nova Zelândia se enfrentarão, respectivamente em Wellington e em Lima, em partidas válidas pela repescagem da COPA DO MUNDO na Rússia. Para fazer história e se classificar pela primeira vez desde 1982, o plantel peruano conta com três jogadores de extrema valia para dois grandes times brasileiros: Guerrero e Trauco (Flamengo), e Cueva (São Paulo).
Por serem peças extremamente importantes também para suas seleções, suas convocações estão garantidas. Assim, Guerrero, maior artilheiro de sua seleção, e Trauco lateral titular dos alvirrubros, desfalcarão o Flamengo por no mínimo 3 jogos (contra o Cruzeiro, dia 08/11, em casa; Palmeiras 12/11, fora; e Coritiba 16/11, também fora).
Já Cueva é jogador de confiança de Gareca, mas vem sendo contestado recentemente no tricolor. Mesmo assim, seu inegável talento deverá fazer falta ao São Paulo nas decisivas rodadas contra o rebaixamento. Os confrontos serão contra a Chapecoense, dia 09/11 em casa; o Vasco, dia 12/11, fora; e o Grêmio, dia 15/11, fora. Esses são apenas alguns dos vários exemplos de desfalques que equipes brasileiras, com jogadores selecionáveis, vem sofrendo há muito tempo.
Entre os selecionáveis em atividade no Brasil, há também jogadores como: Cássio e Fágner (Brasil/Corinthians) Miguel Borja e Yerry Mina (Colômbia/Palmeiras) Cazares e Orejuela (Equador/ Atlético/MG e Fluminense, respectivamente), entre outros.
Logo, o questionamento reaparece: vale a pena ter jogadores tão caros e badalados, ao custo de deixar seu planejamento à mercê de suas convocações? Sem citar o desgaste dos jogos e viagens e riscos de lesão. O futebol brasileiro é tão mal organizado que não vê problema em punir quem investe em qualidade. A principal desculpa é o calendário. Não há espaço para adiamentos e remarcações de jogos, a CBF diz. Realmente não há. E isso é outro fruto da própria má organização devido ao excesso de jogos no ano causado principalmente pelos intocáveis campeonatos estaduais.
É claro que indicar uma solução é mais fácil do que a pôr em prática, mas sem dúvida algo deve ser feito. A solução mais lógica é enxugar o calendário para que as temidas datas FIFA caibam. Assim, não haveria jogos dos campeonatos nacionais nesses dias, assim como acontece na Europa, poupando os clubes de entrarem em campo sem seus principais atletas, prejudicando a qualidade do espetáculo.