Não é de hoje que transferências de jogadores entre clubes rivais geram polêmica. Por motivos óbvios, esse tipo de tratativa é arriscado tanto para o clube vendedor, quanto para o jogador envolvido, mas sonhada pelo clube comprador e seus torcedores. As piadas surgem com facilidade nos bares e restaurantes quando ídolos trocam as cores de suas camisas. E ultimamente tem se falado muito sobre essa possibilidade envolvendo os protagonistas do mais charmoso clássico do Brasil, Flamengo e Fluminense. No lado Rubro-Negro, a possível vinda de Conca, seria além da conquista de um grande jogador, ídolo de seu rival, uma vingança.
O lateral direito Wellington Silva teve grande destaque no ano de 2012 pelo Flamengo, tanto que no final do ano o clube da Gávea tentou exercer seu poder de compra, mas não obteve sucesso, devido exatamente ao seu rival tricolor, que atravessou o negócio e, conseguindo a liberação do Resende (clube detentor de parte de seus direitos na época), convenceu o jogador a rumar às laranjeiras.
As consequências dessa transação para a relação entre os clubes foram péssimas, como não poderiam deixar de ser. E a imagem do jogador perante o Flamengo e seus torcedores ficou manchada, independente do sucesso, ou não do lateral no rival. Mas hoje existe a possibilidade dos papéis se inverterem.
Quando o Fluminense rompeu com a Unimed, já se sabia do trabalho hercúleo que deveria ser feito pelos dirigentes tricolores para não perderem suas principais e mais caras peças, que não por coincidência, são praticamente bancadas pela ex-patrocinadora. O que não se sabia era que a solução para o problema de manutenção do seu camisa 10 poderia ter o final mais aterrorizante possível para o lado das laranjeiras.
O Flamengo fez uma proposta oficial pelo argentino e a assumiu publicamente. A falta de um “camisa dez” na Gávea é gritante já há alguns anos. O baixinho cairia como uma luva no meio campo de Luxemburgo quando ele decidir optar por um maior controle de bola, aliado a já existente velocidade do meio e do ataque rubro-negro.
É pagar para ver. Se o Fluminense tiver que optar entre um longo e penoso processo judiciário, devido ao fato de depender da Unimed para arcar com os honorários do argentino, ou liberar seu articulador maior para seu rival secular, terá dor de cabeça de qualquer forma.