O que ninguém esperava aconteceu. Em um Maracanã com quase 200 mil pessoas, Schiaffino e Ghiggia calam a multidão e abafam a euforia pelo gol de Friaça no começo do segundo tempo.
Todos choram, ninguém acredita. Nem sequer os uruguaios, que após o apito final, pulam, correm e choram também. Mas certamente com lágrimas de gosto bem diferente.
Buscarão culpados pela derrota por muitas décadas. Muitos culparão injustamente e preconceituosamente o goleiro Barbosa. Mas o que fica claro é que não há apenas um culpado, e que com certeza a confiança exagerada foi um dos fatores que prejudicou o Brasil em um dos títulos mais assustadoramente perdidos de todos os tempos. Essa será a maior vergonha da história do nosso futebol, a não ser que, digamos, a Seleção brasileira perca para a Alemanha, novamente em casa, daqui há uns 50, 60 anos por 7×1. Mas convenhamos, isso provavelmente nunca acontecerá.